sábado, 11 de fevereiro de 2012

Como lidar com o cyberbullying? Veja o que dizem especialistas

Fulano é CDF", "Beltrano, aprende a falar!" - o deboche entre crianças e adolescentes, freqüente nas escolas, ganha espaço e gravidade na Internet. Tratado muitas vezes como brincadeira, o bullying - termo usado para descrever essas agressões verbais ou físicas repetidas - pode ter conseqüências graves e requer atenção de pais e professores, tanto no mundo real quanto no virtual.


Cuidados que seu filho deve ter no uso da web

* Evitar colocar fotografias em sites de relacionamentos;
* Não divulgar as senhas de e-mail em programas de mensagem;
* Clicar em "sair", "log-off" ou similares ao terminar de utilizar essas ferramentas;
* Não autorizar a opção "salvar automaticamente a senha" no PC de lan-house, escola ou casa de amigos;
* Dizer, com dureza, aos colegas que não aceita o apelido que inventaram;
* Não esconder do professor e dos pais que é vítima de brincadeira de mau gosto na escola ou na internet.

"A propagação de apelidos e histórias mentirosas ganham o respaldo da sensação de anonimato que a Web dá", diz a pedagoga Cleo Fante, autora do livro "Bullying Escolar - perguntas e respostas", Editora Artmed.

Segundo a pesquisadora, o cyberbullying - a versão online da prática - tem potencial para fazer ainda mais vítimas que o bullying tradicional.

"Basta uma foto ou um vídeo na Internet para virar motivo de piada ou de um perfil virtual falso. Alguém se passa por você e diz que você fez ou é coisas que não são verdade", explica Fante.

No bullying offline, as principais vítimas costumam ser crianças tímidas ou com características fora do que se considera padrão (desempenho escolar melhor ou pior que o dos colegas, peso abaixo ou acima da média, por exemplo).

Cuidados com os pequenos
A inexperiência com as ferramentas virtuais e a falta de malícia deixam os pequenos mais vulneráveis ao cyberbullying.

"É comum as crianças não tomarem cuidados básicos, como não contar as senhas que utilizam e esquecer de fazer logoff de e-mail e programa de mensagens. Por isso os adultos precisam orientá-los", diz Fante.

Para a pesquisadora, o medo do bullying não pode levar os pais a proibir as crianças a utilizar a Internet.

"É uma ferramenta útil, mas precisa ser utilizada com supervisão e cuidado", diz.

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