segunda-feira, 18 de junho de 2012 0 comentários
Nós do grupo Bullying defend your self temos o prazer de informar que haverá um ENCONTRO REGIONAL DA FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DOS DIREITOS DAS MULHERES no dia 21/06/2012(quinta-feira), ás 19:00hrs, na Câmara Municipal de Araras e convida-los á participar desse evento que é uma parceria entre a Deputada Estadual Ana Perugini-PT e o Vereador Bruno Moysés Batistela.
Será descutido neste eventos questões sobre saúde e segurança da Mulher.
Este evento visa ampliar o debate sobre questões tão importantes e atuais.

COMPAREÇAM.

quinta-feira, 14 de junho de 2012 0 comentários

Trabalho de escola feito por alunos da E.E.Profª Yolanda Salles Cabianca

Estes vídeos foram feitos pelos alunos do 1º ano D do ensino medio.

Elaborado por:
Ana Flávia Souza, David Romano, Jayne Lopes e Ricieri Luzetti


Elaborado por:
Helder, Vitor, Thiago e Matheus


Elaborado por:
Pedro Henrique, Vinicius Lisboa, Alexandre Pereira e Igor Campos




(Vídeos criados pelos alunos do 1ºD de 2012)


terça-feira, 5 de junho de 2012 0 comentários

Escola vira referência contra bullying

Ele, um bailarino de 13 anos, sofria agressões físicas e verbais dos ex-colegas de escola. Ela, uma aplicada aluna de 9 anos, teve o braço quebrado por crianças de seu antigo colégio, há dois anos. Casos como o de Enzo Frizzo Paulino e N.M.S., que teve a identidade preservada a pedido da mãe, são comuns entre os alunos do Colégio Amorim, no Tatuapé, na zona leste.

Nos últimos três anos, quando o termo bullying ganhou destaque, a instituição se especializou em lidar com vítimas e agressores. Foi nessa época, segundo a orientadora educacional da escola, Clarice de Oliveira Chile, que o colégio se deu conta de que tinha uma metodologia afinada com o assunto. “Foi um caminho natural para o Amorim assumir a bandeira contra o bullying”, afirma.

Hoje, com 26 anos de existência e 1.500 alunos, o Amorim recebe por ano de oito a dez casos de estudantes envolvidos em bullying. O movimento ganhou força entre os próprios pais. No boca a boca, eles descobriram que, naquela escola, essas crianças encontravam menos hostilidade. Para isso, a escola adotou uma linha pedagógica baseada no respeito às diferenças e no “controle rígido das brincadeiras”, diz Clarice. “Não toleramos ‘brincadeiras de mãos’ e apelidos ofensivos. Atuamos com rigidez para evitar agressões”, completa.

Na segunda, a comissão de juristas que discute a reforma do Código Penal no Senado aprovou a criminalização do bullying, um conceito que não engloba apenas a agressão física. Um outro garoto do colégio, que pediu para não ser identificado, conta que finalmente se livrou dos apelidos “vareta” e “magricelo” que o acompanhavam no antigo colégio. “Quando descobriram que eu não gostava, não pararam mais de me ‘zoar’”, lembra.

A frase “o diálogo é capaz de resolver tudo” é repetida como um mantra por Clarice. Quando alguma atitude suspeita é identificada, os envolvidos são chamados pela diretoria. Numa dessas vezes, conta a educadora, vítima e agressores, que no passado estudaram juntos em um outro colégio, puderam pela primeira vez conversar. “É claro que hoje eles não são amigos, mas têm uma relação de respeito.”

Reuniões entre a diretoria e famílias para “mediar conflitos” são frequentes no Amorim. A própria reportagem contabilizou o atendimento de seis pais em pouco mais de duas horas de conversa. “Eles nos chamam para esclarecer qualquer problema”, diz a mãe da menina que teve o braço quebrado.

Atividades artísticas e esportivas também são usadas na prevenção do bullying. “O tema deve ter uma abordagem interdisciplinar”, diz Clarice. “O garoto que não é tão querido na sala de aula, por exemplo, pode ter ótimo desempenho no esporte e ser querido pelo time.” A escola mantém times de várias modalidades esportivas, formados por alunos de salas diferentes.

O bullying também é tema de uma campanha permanente na escola. “Promovemos debates sobre os casos e propomos soluções. Também produzimos e distribuímos material sobre isso”, lembra Clarice. São usadas, ainda, peças de teatro e outras produções artísticas para dialogar com os alunos sobre as diferenças e os direitos individuais. Enzo, por exemplo, está preparando uma apresentação de dança para falar sobre o bullying.

A iniciativa, bem-vista pelos pais, é tratada com ressalvas por especialistas. “Parece-me que as crianças são colocadas numa bolha. Não devemos escondê-las da realidade, mas sim prepará-las para enfrentar o bullying”, diz a psicopedagoga Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Doutora em Serviço Social, Mônica Silva, da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, tem a mesma opinião

Fonte: http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/escola-vira-referencia-contra-bullying
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Bullying: um problema que extrapola a lei

Especialistas se dividem sobre a eficácia, a necessidade e os riscos da criminalização, proposta por comissão de juristas

Educadores, pesquisadores e advogados estão divididos sobre o alcance e a eficácia da criminalização do bullying, proposta pela comissão de juristas que discute o novo Código Penal. Há quem veja um efeito mais psicológico na medida, quem prefira tratar o bullying no âmbito pedagógico e quem acredite que a lei é benéfica, mas insuficiente. O texto, aprovado na terça-feira (29) na penúltima reunião do grupo, tipifica o crime de bullying e prevê pena de um a 4 anos para adultos que o cometerem contra menores. Agora, depende de votação no Congresso.

Integrante da comissão de juristas, a procuradora de Justiça de São Paulo Luiza Eluf explica que a tipificação do crime de bullying parte do reconhecimento de que essa prática, classificada como intimidação vexatória, é uma conduta que vem ocorrendo com muita frequência em escolas e locais públicos e que uma medida jurídica para proteger desse tipo de agressão se faz necessária:

— A repercussão prática esperada é que se possam evitar essas situações e que haja uma medida prevista em lei de punição para esse tipo de violência. Se não há previsão na lei, a conduta é impunível. Além disso, existe um papel da lei penal que é mais educativo, de mostrar o que é crime, e uma papel mais preventivo, de inibir essa prática. Eu vejo essa tipificação como um avanço.

A professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Mirian Paura discorda. Ela acredita que a medida terá efeito limitado, já que a grande maioria dos casos ocorre entre crianças e adolescentes. Para ela, a questão deve ser resolvida sob o ponto de vista educacional, não criminal.

— O bullying deve ser tratado como uma questão psicológica e pedagógica. Quem o pratica necessita de atenção, assim como as vítimas. Não vejo razões para criminalizar. O caminho para resolver esse problema passa pela conscientização dentro da escola, para que a equipe tenha ferramentas para identificar os casos e agir. As escolas precisam saber o que é o bullying e as formas que ele pode assumir. É importante também discutir os casos que acontecem no colégio com os pais, para que eles tomem conhecimento. Uma medida penal não vai resolver um problema educacional.

A socióloga Miriam Abramovay, coordenadora de políticas públicas para juventude da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), concorda e diz que há o risco de “judicializar” problemas que devem ser resolvidos no âmbito da escola. A pesquisadora explica que ainda há um problema semântico na proposta, pois o conceito histórico de bullying trata de violência entre crianças ou jovens da mesma idade.

— A questão do bullying é complexa. Historicamente, o conceito trata da violência entre pares, então, se há uma diferença de idade significativa, já deixa de ser bullying. Há, portanto, uma questão semântica. É muito perigoso judicializar a educação, porque assim você tira a autoridade das figuras pedagógicas da escola, como os professores e a direção. É como se a escola fosse impotente para lidar com essa questão. É preciso haver uma política para atacar o problema da violência nos colégios como um todo, não só o bullying — afirma Miriam.

O advogado Danilo Sahione, especialista em direito educacional e com experiência em casos do tipo, é outro que não vê muita utilidade prática para a tipificação do crime de bullying. Para ele, a questão é muito mais complexa para ser definida de uma forma que ele considera simplista.

— Ao meu ver, essa medida não tem efeito prático nenhum, porque várias situações abrangidas em sua caracterização de bullying já estão previstas no Código Penal. Pior, ao caracterizar a questão do bullying de uma forma simplista, pode-se fazer com que o trabalho preventivo sobre a questão feito nas escolas, pelo Ministério Público e pelo Conselho Tutelar, para identificar aqueles casos que realmente são bullying, seja prejudicado.

Já o advogado André Pedrosa, especialista em direito processual civil e com experiência em casos de bullying que foram levados à Justiça, acredita que a tipificação do crime de bullying é benéfica pelo efeito psicológico e moral que pode vir a ter, ao mostrar que essa é uma questão que pretende ser levada a sério pela legislação brasileira.

— Essa questão a gente tem que analisar sob vários aspectos e uma delas é a própria evolução da sociedade. O que há 20 anos era considerado brincadeira, hoje é considerado bullying. Esse é um conceito que muda com o tempo e a legislação tem que acompanhar essas mudanças, ainda que acabe sendo lenta nisso. Parece-me que a intenção de uma medida dessas é mais ter um efeito psicológico e moral que, ao meu ver, acaba sendo benéfico.

A educadora Tânia Zagury também vê com bons olhos a criminalização da prática para maiores de 18 anos, mas aponta que apenas a via judicial não é suficiente para resolver o problema. Na sua opinião, medidas de prevenção são mais eficientes.

— Apenas criminalizar o bullying não é adequado. Como só atinge maiores de 18 anos, considero válido porque protege os menores. Mas é necessário um trabalho junto às escolas e às famílias, até porque muitas vezes a prática ultrapassa os muros do colégio e ocorre inclusive na internet. Nem tudo é possível resolver através de leis. É melhor investir na formação do cidadão. O caminho é educar, não punir criminalmente. O bullying, normalmente, é praticado em situações de superioridade física ou numérica e pode destruir a autoestima das crianças e adolescentes — explica Tânia.

Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/22957/bullying-um-problema-que-extrapola-a-lei/
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