A família da adolescente ainda não se conforma com o que aconteceu. A universitária de 17 anos precisou ser internada no Hospital Regional, após uma crise, motivada supostamente por ataques e assedio moral praticado pelo professor André Roberto Mampumbu. A prática de "bullying" será investigada por uma comissão da Universidade de Mato Grosso (Unemat). O caso também deverá ser investigado pela Polícia.
O irmão da adolescente, que estuda na mesma sala, Valterley, relata que nos primeiros 15 minutos da aula a irmã teve a crise convulsiva, após ter iniciado a sucessão de ofensas expelidas pelo professor.
“Ficou tirando saro do nome, do jeito de vestir, de falar, tudo isso. No começo da aula ele falou que era rígido, porque quando ele estudou os professores dele eram assim. Quando nós chegamos na faculdade, a imagem dele já não foi boa pra gente, e na primeira aula ele já ter feito essa pressão psicológica, qualquer um podia ter dado problema, foi muito pressão”.
Além da adolescente, outro jovem também teve crise, ambos foram socorridos, mas no caso da adolescente, Valterley relata que o professor tentou ajudar a prestar o socorro, mas de forma incorreta. “O professor veio ajudar, só que ele tava apertando muito, como ela tava se batendo por causa da crise, nós pedimos pra ele parar porque tava machucando, ai ele falou que tinha avisado que ela tava com o demônio e o satanás no corpo, que tinha que tirar isso, ali com ela se batendo no chão, aí nós ficamos bravos com ele”, relatou o irmão da vítima.
Jean Correia de Oliveira, a outra vítima, sofreu seqüelas mais graves, o jovem esta em estado de confusão mental, segundo relatos da família o mesmo esta com a fala confusa, anda com dificuldades e sofreu uma perda de memória, fazendo-se assim necessário o seu encaminhamento, feito pela própria equipe médica do Hospital Regional de Alta Floresta, para o município de Colíder, onde vai passar por um neurologista.
As famílias se mostram preocupadas com a situação, e dizem que providencias serão tomadas, caso a entidade não as tome. “Nós vamos esperar justiça por parte da diretoria da faculdade pra ver o que vai acontecer”, relatou o pai da adolescente, que se emociona ao lembrar da forma como recebeu a noticia.
“Eu tava em casa descansando depois do serviço, tinha acabado de tomar banho, e saí correndo com minha mulher pro hospital. Cheguei lá encontrei ela numa situação critica. Fiquei acabado, porque ela tava boa, e por causa de um professor aconteceu tudo isso, eu espero justiça”, frisou Vanderley, dizendo pensar que teria um ataque cardíaco ao ver a filha naquela situação.
Através da assessoria de comunicação da Universidade, foi divulgado que dentro de uma semana uma comissão, com três profissionais, deverá chegar ao município para apurar as denuncias envolvendo o professor de ciências biológicas.
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