sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Obrigado por tudo São Marcos!



Vim realizar o sonho de vencer na cidade grande em 1989 (exatamente no dia 4 de janeiro). Isso significa, sendo que São Marcos estreou com a camisa verde em 1992, que acompanhei nas arquibancadas: Palestra, Pacaembu, Canindé, Barueri etc. toda sua carreira.

Hoje, me emocionei com sua entrevista coletiva, aquela que todo Palmeirense gostaria que não tivesse acontecido, a coletiva de sua despedida como atleta profissional; afinal, heróis, ídolos, santos e deuses deveriam ser invencíveis. Porém, São Marcos foi vencido pelo tempo e pela dor. Mas, mesmo sendo vencido pelo tempo e pelo corpo, São Marcos está na galeria dos imortais. Seu nome estará sempre gravado na história do Palmeiras e no coração de milhões de Palestrinos.

Fui buscar na memória as grandes defesas, os milagres do Santo Palestrino. Fiz uma retrospectiva também daqueles momentos em que ele se despiu da santidade e foi humano: suas falhas – daqueles 15 jogos (dos 530 em que atuou comandando a “defesa que ninguém passa”) que o próprio disse gostar que fossem apagados de sua biografia.

O Santo disse que a sua maior defesa foi uma em que ele nem tocou na bola, o pênalti chutado para fora por Zapata, aquele jogo que nos deu o título da Libertadores. Esse, como outros milhões de Palmeirenses, no Palestra só cabiam 25 mil pessoas, não vi da arquibancada.

A maior atuação, segundo ele, foi no jogo contra o Sport, na Ilha do Retiro, quando além de fechar o gol no tempo normal ainda defendeu três penalidades e nos classificou de fase. Também não estava lá.

Vi a defesa do pênalti do Marcelinho, momento em que ganhou a condição – não só a alcunha – de Santo. Vi aquela atuação contra os gambás onde só não fez chover. Mas, se ele disse que sua maior atuação foi aquela na ilha do retiro quem sou eu para contrariar um Santo.

A pior atuação? Tenho a minha, mas me recuso a comentá-la, pois aos Santos até grandes deslizes são perdoados.

Hoje, em sua entrevista coletiva São Marcos do Palestra Itália, do alto de sua santidade, de sua humildade e de seu caráter, disse que ele deve mais à torcida do Palmeiras que nós a ele.

Não sei quanto aos outros, mas não é o meu caso. Eu poderia ter sido mais presente, poderia ter feito um esforço a mais (financeiro, inclusive) e ter conseguido comparecer à final daquela Libertadores, poderia – quem sabe – ter comparecido a aquele jogo no Recife que ele considera a sua maior atuação. Poderia ter sido mais devotado.

A ele peço perdão pelas diversas vezes que não estive ao lado dele incentivando quando precisou, e proclamando o seu Santo nome junto com outros devotos.

Só digo mais uma coisa: os jogos não serão os mesmos sem São Marcos. Lá estará o Palmeiras, lá estará a torcida, lá estarão os amigos, mas faltará nosso representante no gramado, aquele que – como ninguém – soube encarnar o espírito Alviverde no gramado, lá não estará São Marcos de Palestra Itália.

Foi-se o último ídolo!

Dessa forma, só me resta agradecer por tudo que ele fez pela gente; por sua gente, por seus devotos seguidores.

Obrigado por tudo São Marcos!

Homenagem prestada de um Palmerense...

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