Rainer Reinscheid queria comprar armas e abrir fogo em escola, diz polícia.
Filho dele, de 14 anos, se matou em abril e, segundo relatos, sofria bullying.
O pai de um aluno que cometeu suicídio em Irvine, na Califórnia, foi preso acusado de planejar a morte de estudantes e administradores do colégio onde o filho estudava e teria sofrido bullying, informa o site americano “Huffington Post”.
Rainer Klaus Reinscheid, professor da Universidade da Califórnia de 48 anos, começou a planejar os crimes em março, após seu filho de 14 anos ter sido punido em relatórios escolares, segundo a emissora KTLA. O adolescente, que estudava na University High School, em Irvine, mais tarde se enforcaria num parque da cidade.
Quando o jornal “Orange County Register” noticiou o suicídio, muitos leitores comentaram que o jovem tinha sido vítima de bullying na escola, embora a polícia de Irvine não tenha encontrado evidências de agressões contra ele.
O pai do aluno é acusado de quatro tentativas de incêndio na escola, na casa de um assistente de direção e no parque, entre os dias 4 e 24 de julho.
O professor da Universidade da Califórnia há 12 anos, foi preso no dia 24 após ter sido pego tentando iniciar um incêndio no parque onde o filho morreu com jornais e fluido de isqueiro, segundo a CBS. Após pagar fiança de US$ 50 mil (R$ 100 mil), ele foi liberado no mesmo dia.
Na última sexta, no entanto, investigadores encontraram no celular do professor mensagens dele para a esposa e para si mesmo em abril em que detalhava seu plano para tocar fogo na escola do filho, comprar armas, matar diretores e estudantes, cometer crimes sexuais e depois se matar.
Reinscheid foi preso novamente no mesmo dia. Um procurador do Condado de Orange disse que não é possível ainda determinar se o professor pretendia colocar o plano em prática sozinho. “Eu só posso dizer até este ponto [da investigação], que há elementos suficientes para afirmar que ele planejava comprar armas e matar muita gente”, disse Andrew Katz.
O professor, que atuava no departamento médico da universidade e pesquisava, entre outros temas, distúrbios psiquiátricos provocados por estresse pós-traumático, deve comparecer a um tribunal na próxima terça-feira (7).
Caso seja considerado culpado pelas tentativas de incêndio e mortes, além da acusação de obstruir a investigação policial, ele pode ser condenado a até 12 anos e 8 meses de prisão.
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